O perigo da ingestão de imãs

Por incrível que pareça, na nossa rotina é muito comum nos depararmos com casos de ingestão de imãs. A radiografia da imagem, por exemplo, mostra múltiplos imãs que foram engolidos por uma menina de 2 anos, de um brinquedo do irmão mais velho. Apesar do susto, ela está bem. Mas nem todos os pacientes têm a mesma sorte, já que a ingestão de corpos estranhos, mais comum do que se imagina, pode ser bastante perigosa.

A maioria dos casos de ingestão deste tipo ocorre em crianças com idades de 6 meses a 3 anos. Dos objetos mais comumente ingeridos, destacam-se moedas, pequenas peças de brinquedos, baterias e, menos frequentemente, peças imantadas. De modo geral, a peça que alcança o estômago costuma passar pelo piloro, sendo eliminada naturalmente. Em cerca de 80% dos casos, ocorrerá eliminação espontânea. Em 20%, será necessária endoscopia e, em cerca de 1%, haverá complicações, sendo necessário procedimento cirúrgico.

Infelizmente, a ingestão acidental de corpos estranhos magnéticos por crianças tem ocorrido cada vez mais, devido à disponibilidade de objetos e brinquedos contendo elementos magnéticos. Há que se ficar bastante atento, pois quando duas ou mais peças transitam pelo organismo separadas entre si, em segmentos distintos do trato digestivo, podem atrair-se quando próximas, causando uma compressão que pode ocasionar isquemia da alça intestinal e até mesmo perfuração com formação de fístula e obstrução grave.